Docente da RC participa de oficina de avaliação de espécies marinhas do Brasil

Docente da RC participa de oficina de avaliação de espécies marinhas do Brasil

Por Welliton Alves. Em 11/06/18 16:50. Atualizada em 13/06/18 09:29.
Professor Emerson Contreira Mossolin fez parte de um grupo de 08 pesquisadores convidados para novo ciclo de avaliações de espécies marinhas em risco. Veja!

Durante os dias 04 a 08 de junho aconteceu, em Itajaí/SC, no Centro Nacional de Pesquisa e Conservação da Biodiversidade Marinha no Sudeste e Sul (CEPSUL), a edição 2018 da Oficina de Avaliação do Risco de Extinção dos Crustáceos Marinhos do Brasil, promovida pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), que contou com a participação de 8 pesquisadores especialistas no estudo de crustáceos no país, mais os profissionais dos próprios CEPSUL e ICMBio.

Dentre os pesquisadores convidados esteve novamente o professor do Curso de Ciências Biológicas da Regional Catalão, Emerson Contreira Mossolin, que com 25 anos dedicados a estudos na área de crustáceos, já havia participado de avaliações anteriores. “É uma grande honra ser convidado para participar de uma oficina de avaliação do risco de extinção de espécies, principalmente porque discutimos nesta atividade as potenciais ameaças a estas populações, além do que pode ser feito para que este impacto seja minimizado”, relata o Prof. Emerson.

 

Docente da RC participa de oficina de avaliação de espécies marinhas do Brasil

Grupo de pesquisadores participantes da edição de 2018 da oficina de avaliação do risco de extinção de espécies marinhas, no CEPSUL

 

Nesta oportunidade foram avaliadas 44 espécies, todas marinhas, das quais 19 já haviam sido avaliadas no ciclo anterior (2010-2014) e outras 25 foram avaliadas pela primeira vez. Segundo Emerson, as principais espécies avaliadas neste grupo se destacam por conta do grande interesse comercial que há sobre elas, como é o caso dos camarões sete-barbas e rosa, além de algumas espécies de lagostas.

Para Emerson, uma espécie que chamou a atenção nesta edição da avaliação foi o crustáceo conhecido por “Isópodo Gigante” (Bathynomus giganteus), que se alimenta de restos de outros animais, pode ser encontrada a até 2000m de profundidade, e cuja aparência é muito semelhante à de um tatuzinho-de-jardim. O professor inclusive conseguiu durante a atividade a doação de um espécime deste isópodo para compor a coleção de crustáceos mantida no Laboratório Integrado de Zoologia, Ecologia e Botânica (LIZEB). Sobre a espécie, o professor comenta que “Trata-se de um animal inofensivo, embora assuste pelo grande tamanho e formato de seu corpo. Foi considerada uma espécie de risco de extinção da categoria “menos preocupante”, já que não é tão facilmente capturada e possui grande área de distribuição”. Caso haja interesse em conhecer este espécime, bem como a coleção didática do curso de Ciências Biológicas, o professor pede que o procure para agendamento (sala 305 do Bloco M).

 

Docente da RC participa de oficina de avaliação de espécies marinhas do Brasil

Espécime do Isópodo Gigante será inserido na coleção didática do curso de Ciências Biológicas

 

Estão programadas novas oficinas de avaliação para 2019 buscando a atualização das informações presentes em fichas produzidas nos últimos anos. O objetivo principal deste tipo de atividade é a discussão e produção de material que evidencie os efetivos riscos para cada uma das espécies, servindo de embasamento para a criação de estratégias de preservação. Como exemplo de produto gerado neste tipo de oficina, o “Livro Vermelho dos Crustáceos do Brasil – Avaliação 2010/2014” foi publicado em 2016, e o professor foi um dos autores de 4 capítulos devido à sua experiência e participação em todo o processo.

  

Fonte: ASCOM - RC/UFCAT

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